sábado, 4 de junho de 2011

Passeio Rio Ceará

Passeio pelo Rio Ceará é um resgate da história

Para quem deseja relaxar em meio a belezas naturais e ainda resgatar um pouco da história cearense, uma boa opção é navegar pelo Rio Ceará a bordo da Chalana Albertus.

Há sete anos, o Pólo Turístico da Barra do Ceará oferece o passeio para turistas e fortalezenses. O turismo ecológico, além de resgatar a história do berço da civilização cearense, proporciona uma vista do rio ainda desconhecida por muitos.

As águas tranqüilas do Rio Ceará permitem uma viagem relaxante. Num percurso que dura em média duas horas, a natureza presenteia os viajantes com seus mangues, com a ilha redonda e o vôo rasante das garças sobre o rio.

Para os amantes da ecologia ou mesmo para quem deseja conhecer um pouco mais desse paraíso perdido em plena zona urbana de Fortaleza não faltam opções. O preço dos pacotes de viagens variam entre R$ 120,00 e R$ 250,00, sendo feitos com o mínimo de 10 pessoas e o máximo de 30.

Segundo o organizador da atração, Alberto de Souza Filho, os grupos interessados podem optar pelo pacote simples, com um passeio de 2 horas, pelo pacote “Lazer familiar”, com um dia inteiro navegando pelo rio ou o pacote “Luau”, quando o barco sai às 22h e retorna às 7 horas.

Mas, essas são apenas algumas sugestões. Os grupos interessados podem escolher o percurso que preferirem, desde uma volta pelo rio até se aventurarem por uma trilha ecológica por suas margens.

Hoje, o turismo ecológico pelo Rio Ceará já tem reconhecimento nacional e internacional. Através de parcerias com a Fundação de Cultura, Esporte e Turismo de Fortaleza (Funcet) e com agências de viagens, o passeio turístico da Barra do Ceará já recebeu a visita de holandeses, espanhóis, finlandeses, alemães e de turistas brasileiros.


Fonte: http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=179514

terça-feira, 31 de maio de 2011

Impactos Ambientais

Os principais impactos ambientais que ocorrem na planície flúvio-marinha do Rio Ceará se dão através das formas inadequadas do uso e ocupação do solo local, afetando principalmente a faixa de praia e pós-praia, campo de dunas, manguezal e rio. As modificações ambientais são decorrentes dos constantes desmatamentos, ocupações inadequadas, assoreamento e lançamento de esgotos e lixos, causando com isso uma completa descaracterização da área estuarina. A poluição hídrica é um dos principais problemas do estuário. 

Esta ocorre através do lançamento de esgotos domésticos e industriais no seu principal afluente, o rio Maranguapinho, provenientes das indústrias, além dos despejos de esgotos e lixo lançados pela população que mora nas suas margens e do efluente da Estação de Tratamento de Esgoto do Distrito Industrial de Maracanaú. Esse rio passa por bairros da periferia de Fortaleza como Alto Alegre, Bom Jardim, Granja Portugal e Genibaú, que são destituídos de sistema de coleta de esgoto. Outra fonte potencialmente poluidora é o estaleiro situado próximo a sua desembocadura, com eventuais derramamentos de óleos, em decorrência de reparos nas embarcações. Ao longo do estuário, percebeu-se grandes quantidades de materiais plásticos (garrafas de refrigerantes, detergentes, sacos) presos às raízes do mangue, demonstrando claramente os despejos de resíduos sólidos próximos às margens do rio Ceará. Constatou-se também a presença de animais mortos (cavalo, cachorro) boiando nas águas do estuário. O assoreamento do rio é um problema antigo que vem se intensificando na desembocadura do rio Ceará, onde se formou um “banco” de areia devido à deposição de sedimentos trazidos pelo rio e pelas marés e que se agravou depois da construção da ponte, pois já se percebe durante a maré baixa a formação de um novo “banco” de areia próximo às pilastras da ponte. Um outro problema que se percebeu na planície fluvio-marinha do rio Ceará é o desmatamento do manguezal. Este é feito com objetivo de fornecer madeira para a construção de casas, fornecimento de lenha e carvão utilizados pela comunidade ribeirinha e para a construção de salinas, que mais tarde são abandonadas, causando com isso sérios impactos para o ecossistema, visto que o aumento da salinidade torna difícil a regeneração da vegetação. Ocorre também no estuário do rio Ceará a pesca predatória de peixes, moluscos e crustáceos fazendo com que esse potencial diminua com o tempo. Apesar da capacidade do manguezal de absorver os agentes poluentes de outras áreas, a vegetação do mangue já apresenta sinais de degradação por poluentes, indicando o rompimento de sua capacidade de absorção.
O Rio Ceará hoje sofre com a falta de politicas publicas e falta de consciência de moradores locais e pessoas que vem a passeio sobre tudo nos finais de semana.

Rio Ceará

O Rio Ceará é um rio brasileiro que banha o estado do Ceará. Sua foz, assim como os últimos quilômetros do seu curso, é a divisa entre os municípios de Caucaia e Fortaleza.
O rio apresenta padrão de drenagem dendrítica e em sua desembocadura na divisa de Fortaleza e Caucaia, apresenta um manguezal que, ocupa uma área total de 11,58 km², dos quais 6,75 km² no município de Caucaia e 4,83 km² no município de Fortaleza. Tem como principal afluente o rio Maranguapinho.
O Estuário do Rio Ceará abrange uma área de, aproximadamente, quase 1.000 hectares de manguezal, ecossistema litorâneo que ocorre em terrenos baixos, sujeitos à ação das marés, onde existe a mistura da água doce dos rios com a água salgada das marés. O estuário está entalhado na idade do terciário/quaternário. Os sedimentos do terciário e quaternário são representados pelo Grupo Barreiras, dunas, beach-rocks e pelas planícies aluvial e fluvio-marinha.
No manguezal foram identificadas espécies ditas obrigatórias ou essenciais, que vivem na região entre marés e sobre o solo mais limoso que arenoso e espécies marginais que, ocasionalmente, são atingidas pelas marés de grande amplitude e vivem sobre o solo de limo e areia. Os mangues representam um ecossistema de sobrevivência para um grande número de animais, sendo identificadas na área diversas espécies de moluscos, crustáceos, peixes, aves e mamíferos.
O local também se constitui em um importante sítio histórico de nosso estado, onde foi construído em 1604, por Pero Coelho de Souza, o Fortim de Santiago, primeira edificação de Fortaleza e posteriormente, em 1612, o Forte de São Sebastião, por Martim Soares Moreno.

Segundo historiadores, as expedições dos espanhóis Vicente Pinzon e de Diogo Lepe desembarcaram nas costas cearenses antes da viagem de Cabral ao Brasil. A primeira, num cabo identificado como o da Ponta Grossa, no Município de Icapuí, e a segunda, na Barra do Ceará, em Fortaleza. Tais descobrimentos não puderam ser oficializados devido ao Tratado de Tordesilhas.

A ocupação efetiva do território cearense começou em 1603 com a bandeira de Pero Coelho de Souza que fundou o Forte de São Tiago, na Barra do Ceará. A posse oficial do Ceará deu-se com Martins Soares Moreno, (o Guerreiro Branco), que aqui chegou em 20 de janeiro de 1612 e fundou o forte de São Sebastião, no antigo local onde fora erguido o Forte de São Tiago.

A história de Fortaleza se confunde largamente com a história do Ceará, terra de índios dos troncos tupi (tabajaras, parangabas, parnamirins, paupinas, caucaias, potiguaras, paiacus, tapebas) e jê (tremembés, guanacés, jaguaruanas, canindés, genipapos, baturités, icós, chocós, quiripaus, cariris, jucás, quixelôs, inhamuns), os quais, embora dizimados em grande parte, fazem sua cultura estar presente até a atualidade, em hábitos, comida, medicina e arte populares, nomes, vocabulário e etnia.

A Barra do Ceará é considerada o berço histórico do Ceará, por ter sido o local onde iniciou a colonização do território com a construção do Fortim São Tiago, no ano de 1604. O bairro possui cerca de 70 mil habitantes, segundo o censo do IBGE de 2000.
A Barra faz limites com os bairros Cristo Redentor, Floresta, Jardim Iracema e Vila Velha, possuindo duas praias ao longo de sua costa: praia das Goiabeiras e praia da Barra. Esta última vai de encontro com o Rio Ceará.
Fortaleza, com seus quase 3 milhões de habitantes, é no presente, a quarta maior concentração urbana brasileira. Hoje, somos parte do seleto grupo das maiores cidades brasileiras, juntamente com São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Porto Alegre, Curitiba e Brasília.

Entretanto, um dos aspectos que mais nos destaca, além das dimensões urbana, ambiental, econômica, social e populacional, se refere a ausência de um Sistema de Planejamento e Gestão, que configura a nossa própria imperícia quanto a ordenar e estruturar o territorial municipal e assim planejar nosso futuro.